Autor: Walter Sá
Avião, pássaro de ferro,
Mergulho no espelho da Terra, infinito.
Homem rã de um mar de nuvens de brancura espessa, densa
Fito o finito traçado de linhas na terra, mapas riscados no solo
Que moro, que morro
Passo em minutos cortando imensidão à frente até chegar
Minúsculo lugar, maiúsculo lar
Upaon-Açu, cheiro de Mar
Upaon-Açu, cheiros no ar
Do Desterro
Do lampejo, do gás do candeeiro
Do metano lagoano o ano inteiro
O cheiro do suor humano, da carne mundana
Das comidas das festas dos Santos
Das bebidas das festas Profanas
Do hálito quente das pedras de cantaria depois da chuva
E das palafitas do Sá Viana, na casa de Maria Joana.
Já é tarde, logo será noite na minha lembrança,
Fostes e serás, minha Ilha, sempre um ímã nos meus pés de
Criança
Walter,
ResponderExcluirAo ler este texto, me remeteu automaticamente àqueles grandes autores que têm uma capacidade singular de explorar o Brasil e mostrar um ângulo diferente do Redentor.
Viajei junto, parabéns!
Abraços,
Amanda