Autor: Walter Sá
Quando a alma silencia e tudo muda de cor,
Os tons cinza são a paisagem real.
Não é dor, mas algum tipo de torpor,
Quando ouço Chet Baker, lembrando do amor
Quero novamente o sabor do licor quente,
Que escorre entre seus dentes,
Aquecendo a minha boca,
Inflamando minha tocha.
Ah! Sem você por perto,
É frio demais o inverno.
Vem logo, não me deixe
Assim, sem teu calor, eu congelo.
Um vinho, entre os braços, um beijo
Hoje de noite te espero.
Vem ficar comigo, antes que eu mande tudo
Para o Inferno.
Aqui, publico textos que escrevo. Contos, Músicas, poemas, crônicas, bilhetes, cartas, enfim, coisas para se ler. Não posto todos os dias e nem tenho essa obrigação. Aceito opniões, porque esse espaço também é um lugar para eu exercitar a escrita e a criatividade, portanto, aceito também sugestões. Por favor, leiam e se possível, divirtam-se!
quarta-feira, 28 de março de 2012
Quero você de novo
Autor: Walter Sá
Chega assim caladinha,
De madrugada, bem cedinho, a
Saudade de você.
O calor do teu corpo encaixado,
Aquecendo a cama, por um
Instante segura, a alma entregue,
O coração nas alturas do amor,
Felicidade
Quero você de novo,
Um novo tom, sem pressa
Para que a gente não se atropele.
Só quero o mesmo cheiro de pele,
Tua nuca na minha boca, tua boca a
Dizer coisas loucas,
Embaixo do meu edredom.
Chega assim caladinha,
De madrugada, bem cedinho, a
Saudade de você.
O calor do teu corpo encaixado,
Aquecendo a cama, por um
Instante segura, a alma entregue,
O coração nas alturas do amor,
Felicidade
Quero você de novo,
Um novo tom, sem pressa
Para que a gente não se atropele.
Só quero o mesmo cheiro de pele,
Tua nuca na minha boca, tua boca a
Dizer coisas loucas,
Embaixo do meu edredom.
terça-feira, 27 de março de 2012
Algemas de gelo
Autor: Walter Sá
Como borboletas em redomas de vidro
Imóveis a mostrar somente o colorido
Ali, sem brilho,
Sem bater de asas
Sem vôo vívido.
Eu parado, calado fico,
Insone andarilho em pensamentos
Perdidos, coleciono sentimentos
Esquecidos
Conquistador de mundos caídos,
No solitário reino de um Rei vencido
Preso por algemas de gelo,
No teu coração frio.
Como borboletas em redomas de vidro
Imóveis a mostrar somente o colorido
Ali, sem brilho,
Sem bater de asas
Sem vôo vívido.
Eu parado, calado fico,
Insone andarilho em pensamentos
Perdidos, coleciono sentimentos
Esquecidos
Conquistador de mundos caídos,
No solitário reino de um Rei vencido
Preso por algemas de gelo,
No teu coração frio.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Nosso olhar
Autor: Walter Sá
Teu olho,
Meu olhar,
Será o olho, nosso olhar,
A língua sem falar coisas,
Que só o silêncio dirá?
Teu olho me olha,
Meu olhar molha, quando ver você me
Olhar
Ao te ver passar, passo o olho
No teu olho, que me olha
Sem cessar
Meu olhar, teu olho,
Que molha quando me ver
Passar.
Teu olho,
Meu olhar,
Será o olho, nosso olhar,
A língua sem falar coisas,
Que só o silêncio dirá?
Teu olho me olha,
Meu olhar molha, quando ver você me
Olhar
Ao te ver passar, passo o olho
No teu olho, que me olha
Sem cessar
Meu olhar, teu olho,
Que molha quando me ver
Passar.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Na noite calada
Autor: Walter Sá
Nessa cidade cinza cimento,
Sinto o fedor de um desejo mofado,
Sinto o tormento de homens desesperados
E tento colorir com sorriso amarelo,
O caos do momento ignorado.
Prédios, muros e congestionamentos
São impregnados de frieza,
São elementos da tristeza.
Respiro os canos de descargas,
Mastigo restos das calçadas,
Durmo o sono dos aflitos e me
Lavo com o suor dos renegados
Assim, descalço e despido do disfarce diário
Vagando pelas alturas da Paulista
Ou nos buracos do Vale
Descubro as pistas que levam essa
Cidade arrogante aos caprichos
Da usura e do descaso
Vejo políticos, fardados, banqueiros engravatados
Sob o mesmo telhado
Fazendo alianças e comendo
Nosso rabo
Na hora da desforra
Sem medo da algazarra
Festejaremos ao nosso modo
Invadindo as ruas e suas salas
Levando alforria a esse povo
Que chora e morre um pouco todo dia
No frio da noite calada.
Nessa cidade cinza cimento,
Sinto o fedor de um desejo mofado,
Sinto o tormento de homens desesperados
E tento colorir com sorriso amarelo,
O caos do momento ignorado.
Prédios, muros e congestionamentos
São impregnados de frieza,
São elementos da tristeza.
Respiro os canos de descargas,
Mastigo restos das calçadas,
Durmo o sono dos aflitos e me
Lavo com o suor dos renegados
Assim, descalço e despido do disfarce diário
Vagando pelas alturas da Paulista
Ou nos buracos do Vale
Descubro as pistas que levam essa
Cidade arrogante aos caprichos
Da usura e do descaso
Vejo políticos, fardados, banqueiros engravatados
Sob o mesmo telhado
Fazendo alianças e comendo
Nosso rabo
Na hora da desforra
Sem medo da algazarra
Festejaremos ao nosso modo
Invadindo as ruas e suas salas
Levando alforria a esse povo
Que chora e morre um pouco todo dia
No frio da noite calada.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Tentando ouvir estrelas
Autor: Walter Sá
Foi tentando ouvir estrelas, buscando respostas concretas,
Que escutei o silêncio das palavras inexatas.
Foi gritando para o Universo,
A voz do meu amor,
Que calei diante do precipício da dor.
Você não me viu, não ouviu, não sorriu e partiu
Foi de longe, que permaneci atento
Observando, distância e esquecimento
Um dia, um ano, um tempo, não sei ao certo
Quanto passou. Falaram as estrelas, cala-te e viva outro perigo, encara outro risco sem temor.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Qualquer uma delas
Autor: Walter Sá
Desde a primeira Eva
Até hoje, ela frutifica humanidade.
Brotamos de entranhas vermelhas
Nós Homens, pura fragilidade.
Há quem diga o contrário,
Que é do macho
Força, luta e coragem,
Mas na verdade é ela
Quem se entrega e se doa
Por inteira, nessa viagem.
Do nascimento à morte,
A mulher, além de criar
Mundos, é também
Linda Paisagem.
A virgem imaculada,
A louca desvairada,
A mãe dedicada,
A puta condenada,
A beata frígida, calada
A menina bulinada,
A garota da escola,
A eterna namorada,
A que nunca me deu bola,
A amiga, até debaixo d'água,
A que topa qualquer parada.
Todas ou qualquer uma delas,
Cada qual uma tela com
Suas cores intensas e belas
Delírio e desejo,
Aos olhos de quem as
Venera.
Desde a primeira Eva
Até hoje, ela frutifica humanidade.
Brotamos de entranhas vermelhas
Nós Homens, pura fragilidade.
Há quem diga o contrário,
Que é do macho
Força, luta e coragem,
Mas na verdade é ela
Quem se entrega e se doa
Por inteira, nessa viagem.
Do nascimento à morte,
A mulher, além de criar
Mundos, é também
Linda Paisagem.
A virgem imaculada,
A louca desvairada,
A mãe dedicada,
A puta condenada,
A beata frígida, calada
A menina bulinada,
A garota da escola,
A eterna namorada,
A que nunca me deu bola,
A amiga, até debaixo d'água,
A que topa qualquer parada.
Todas ou qualquer uma delas,
Cada qual uma tela com
Suas cores intensas e belas
Delírio e desejo,
Aos olhos de quem as
Venera.
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