quarta-feira, 25 de abril de 2012

Estrela de Sargitário (ao meu amigo Hudson Monteiro)

Autor: Walter Sá

Ele tinha um sorriso aberto, estampado aos amigos,
Alegria do riso, que contagia.
Ele brincava e brindava com a vida.

Seus prazeres eram farras e festas
Nas pistas, dançava até o nascer do dia.

Nas horas sombrias, se recolhia,
Mas de súbito, levantava, sacodia a poeira e dava
A volta por cima.

Há alguns anos partiu, seguindo sua estrada
Rumo ao desconhecido.
Tornou-se um ponto de luz no Céu,
Precisamente na constelação de Sargitário,
Mirando sua flecha ao infinito.

Lá, está brilhando e nos lembrando, que de outra
Forma, aqueles que amamos, reencontraremos, um dia.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Há um refugio...

Autor: Walter Sá

Há um refúgio,
Ali, dentro da alma,
Onde o mundo se cala.

Sem paredes, nem sons
É mais fácil ouvir,
Quando o íntimo fala.

Ao fim do dia, após o Sol se deitar...

Quando penso nas palavras
Que te diria ao luar...
Aquelas, que não são necessárias,
Para você entender meu olhar.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A tua partida

Autor: Walter Sá

Não adianta chorar,
Não vou conseguir juntar
O caldo de lágrimas, que acabei de derramar.

Quando penso em você e a saudade
Mata a alegria presente, sinto que de repente,
Você voltará.

Embora eu sofra por tua partida,
Dor pior eu sentir sem você,
Perdido na solidão.

Não, você sabe, não há razão, que controle
Um coração encharcado de amor
E paixão.

Desejo, que um dia retorne, que outro
Olhar a gente troque para uma nova história
Contar, sem medo da desilusão.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Espaço contínuo

Autor: Walter Sá

Céu, amplidão azul,
Espelho que reflete o
Mar.

Mira-se infinito olhar
Para dentro da Terra,
Nosso lar.

Verde em folha,
Vivo, girando solto
No Ar.

Eu, vazio e suspenso,
Nave a vagar pelo espaço
Contínuo, entre o Ser e o
Estar.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Signos incompatíveis

Autor: Walter Sá

Sexta-feira 13 no signo de Virgem,
O Céu apresenta boa visibilidade,
O clima estável, mas o calor aumenta.
O dia, longe de ti, segue sem tormentas.

A cada passo, que dou em sua direção,
A cada pulso do meu coração, sinto
Teu corpo, que minha alma alimenta.

Hoje, Sol ingressa em Leão, às nove da matina e
Diz, que o nosso amor vai brilhar.
Meu mundo em volta se anima.

Vem cá, na hora do almoço, vamos brincar,
Vamos marcar os segundos para se encontrar,
Vamos brindar com champanhe ao luar,
Desenhar constelações no olhar.

Quero deitar e rolar com você, na grama, na praia
Na beira do mar, te beijar.
Deixar as previsões dos astros, nos guiar.
Signos incompatíveis também podem se
Amar.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Tous ce que je voudrais

Auteur: Walter Sá

Tous ce que je voudrais
Serait te voir en paix
Comme le vol d’oiseaux
Sans les grillages de la cage
Sans les doutes et le brouillard
Qui t’empêchent d’avancer à mes côtés

Tous ce que je voudrais
Serait cultiver les fleurs
Que je t’ai offert
Pas dans la mémoire
Mais dans les vases
Plein de larmes noires

Tous ce que je voudrais
Serait être près de toi et
Sêcher les peines de nôtre
Passé

Au but de te voir sourrir
Pour que tu puisses
M’aimer.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Fé desmedida

Autor: Walter Sá

Há que se perder a calma,
Quando no meio do nada,
Eu desarmado, você vem e me
Fala que eu não te acertei,
Que nosso filme, eu queimei.

Há que se tremer a fala,
Engasgar com as lágrimas,
Quando você me olha à distância
E me cala dizendo, que eu sou a falha,
Nessa relação.

Mas não, eu só joguei a toalha
No chão, saí do ringue da desilusão,
Sem nocaute, sem soco de mão.

Na verdade, foi meu coração
O tolo bufão, como um servo
Da tua alegria, se pôs à disposição.

Há que se perder a alma,
Quando, por amor, se tem
Uma fé sem dimensão.