Autor: Walter Sá
Foi com bala de 38
Com a força da ira dos loucos
Morto aos pontapés e socos
O meu amor por você
Foi cilada armada
Na Imprevisível estrada
Bem na encruzilhada do azar
Com a sorte
O corpo foi deixado caído
Desovado no mato das ilusões
No desterro do desespero
Presentes estavam o descaso e o escárnio
Que foram os coveiros
Agora pelo esquecimento
Vencido não é lembrado nem
No dia do nascimento nem no dia
Do crime ocorrido
Aqui, publico textos que escrevo. Contos, Músicas, poemas, crônicas, bilhetes, cartas, enfim, coisas para se ler. Não posto todos os dias e nem tenho essa obrigação. Aceito opniões, porque esse espaço também é um lugar para eu exercitar a escrita e a criatividade, portanto, aceito também sugestões. Por favor, leiam e se possível, divirtam-se!
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Ao fenecer a paixão
Autor: Walter Sá
Ao fenecer, a paixão
Traz consigo uma dor
Aguda e profunda
Ou um eterno torpor.
Isso, só alivia
Pelo menos anestesia
Quando revejo no erro
Do meu desejo,
A tortura de um amor
Indeferido.
Ao fenecer, a paixão
Traz consigo uma dor
Aguda e profunda
Ou um eterno torpor.
Isso, só alivia
Pelo menos anestesia
Quando revejo no erro
Do meu desejo,
A tortura de um amor
Indeferido.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
No miolo do novelo
Autor: Walter Sá
Tive um sonho estranho
Não, não era pesadelo
Parecia eu um novelo, me desfazendo
Em pêlos
Enquanto eu me descabelava,
Aparecia o couro e o nervo
Na hora do escalpo,
Uma voz dizia
Adeus
E no final, já careca de saber
De sobressalto acordei
Ao espelho e percebi a escolha
Ainda bem, que foram só os cabelos
E no miolo do novelo,
Eu de novo,
Apêlo
Tive um sonho estranho
Não, não era pesadelo
Parecia eu um novelo, me desfazendo
Em pêlos
Enquanto eu me descabelava,
Aparecia o couro e o nervo
Na hora do escalpo,
Uma voz dizia
Adeus
E no final, já careca de saber
De sobressalto acordei
Ao espelho e percebi a escolha
Ainda bem, que foram só os cabelos
E no miolo do novelo,
Eu de novo,
Apêlo
Une liqueur amer
Auteur: Walter Sá
J’ai une liqueur amer
Dans ma bouche qui me rappelle
De mauvais sentiments à chaque fois
Que je te vois
Je ne veux pas payer ce haut prix
et n’avoir pas ton attention
Je ne crois plus rendre ton amour
Donc je vais laisser la vie te montrer
La valeur de l’amour infidèle
Et je vais partir avec mon coeur solitaire
Quand tu cherchera la paix
Et retrouvera seulement le doute
Il y aura juste la même saveur amer dans ta
Bouche comme un souvenir du temps et
De l'amour que tu m’as nié.
J’ai une liqueur amer
Dans ma bouche qui me rappelle
De mauvais sentiments à chaque fois
Que je te vois
Je ne veux pas payer ce haut prix
et n’avoir pas ton attention
Je ne crois plus rendre ton amour
Donc je vais laisser la vie te montrer
La valeur de l’amour infidèle
Et je vais partir avec mon coeur solitaire
Quand tu cherchera la paix
Et retrouvera seulement le doute
Il y aura juste la même saveur amer dans ta
Bouche comme un souvenir du temps et
De l'amour que tu m’as nié.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Domingo no MASP
Autor: Walter Sá
Era voodoo gente que transa e goza
A tarde estava blue
O som que tocava não importava
Coração que se acelera com tua chegada
Eu estava ali parado
Desenhando num pedaço de tábua
A bruxa estava solta e sem vassoura
Nem capa preta
Parou na minha frente e me falou
Certeira
“Saia daqui vai para longe fazer arte
Você tem luz e não precisa daquilo que de você
Não faz parte
Siga saiba
Sua sorte será ser
Seu senhor e servi só a si
Seus sonhos seus sinônimos”
Boca aberta
Eu e minha crença incerta ouvimos
A voz do mistério por intermédio
De uma senhora que se dizia zeladora de arte
Do vão vazio
Foi assim a tarde domingo no MASP
Era voodoo gente que transa e goza
A tarde estava blue
O som que tocava não importava
Coração que se acelera com tua chegada
Eu estava ali parado
Desenhando num pedaço de tábua
A bruxa estava solta e sem vassoura
Nem capa preta
Parou na minha frente e me falou
Certeira
“Saia daqui vai para longe fazer arte
Você tem luz e não precisa daquilo que de você
Não faz parte
Siga saiba
Sua sorte será ser
Seu senhor e servi só a si
Seus sonhos seus sinônimos”
Boca aberta
Eu e minha crença incerta ouvimos
A voz do mistério por intermédio
De uma senhora que se dizia zeladora de arte
Do vão vazio
Foi assim a tarde domingo no MASP
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Nas entrelinhas das mãos
Autor: Walter Sá
Sobre o branco do papel
Com nanquim tinta bic ou tecla pixel
Eu deixo em desenhos e versos
A poesia freak que está em mim
Entre aspas e pontos de fuga
Digo o que sinto e como exato míssel
Falo de paixões de amores de dores
E desafetos
Ainda que isso fuja ao controle
Nas entrelinhas das mãos
É tudo que desponta em palavra
O desenho possível da letra-objeto
Sobre o branco do papel
Com nanquim tinta bic ou tecla pixel
Eu deixo em desenhos e versos
A poesia freak que está em mim
Entre aspas e pontos de fuga
Digo o que sinto e como exato míssel
Falo de paixões de amores de dores
E desafetos
Ainda que isso fuja ao controle
Nas entrelinhas das mãos
É tudo que desponta em palavra
O desenho possível da letra-objeto
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Corpo frio
Autor: Walter Sá
Seu silêncio cortou
Em verticais os
Meus pulsos
Sangrei jorros livrando-me da dor
Esvaziando o corpo do calor
Que emana do amor mais profundo
Corpo frio sem alma
Sob a lápide gelada do
Esquecimento sepultei
Angústia e Esperança
Ouvindo da lembrança palavras
De consolo e lamento
Na imensidão do silêncio
Chegou o Fim
Seu silêncio cortou
Em verticais os
Meus pulsos
Sangrei jorros livrando-me da dor
Esvaziando o corpo do calor
Que emana do amor mais profundo
Corpo frio sem alma
Sob a lápide gelada do
Esquecimento sepultei
Angústia e Esperança
Ouvindo da lembrança palavras
De consolo e lamento
Na imensidão do silêncio
Chegou o Fim
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Dei de cara com a verdade
Autor: Walter Sá
Acordei com o pé esquerdo e levantei
Contradizendo a superstição
Em vez de azar foi sorte
Dei de cara com a verdade
Que sem cerimônias me chamou pra razão
Não adianta zêlo carinho nem preocupação
Amor demais é daninho sufoca
Vira pedra no sapato ou espinho
Machucando o coração
Segue na direção que seu coração diz
Abra champagne com amigos fica solto
Fica leve e leva a vida feliz
Sem perceber às vezes o amor está em baixo
Do seu nariz
Solta a franga dá um grito rasga a tanga
Mas não deixa a tristeza invadir a cena senão
Tudo vira um drama
Você não vai encantar ninguém
E acabará sozinho na cama.
Acordei com o pé esquerdo e levantei
Contradizendo a superstição
Em vez de azar foi sorte
Dei de cara com a verdade
Que sem cerimônias me chamou pra razão
Não adianta zêlo carinho nem preocupação
Amor demais é daninho sufoca
Vira pedra no sapato ou espinho
Machucando o coração
Segue na direção que seu coração diz
Abra champagne com amigos fica solto
Fica leve e leva a vida feliz
Sem perceber às vezes o amor está em baixo
Do seu nariz
Solta a franga dá um grito rasga a tanga
Mas não deixa a tristeza invadir a cena senão
Tudo vira um drama
Você não vai encantar ninguém
E acabará sozinho na cama.
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