quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Amanhecer


Autor: Walter Sá

Lá vem a noite, a Lua e
Antes que seja tarde
Amanheça
Na minha soleira e
Não se esqueça, me ame à beça,
Venha sedento, perca a cabeça enquanto cobiço nosso suor,
Pensando no teu
Sexo.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Amor Secreto

Autor: Walter Sá

Meu coração esfriou, ficou tudo quieto. Somente um som, como de um deserto, raptou minha alma, invadiu meu corpo imcompleto, cavou em mim um sentimento torto, desses que não tem cor, nem contorno. O silêncio de Agosto e suas horas fugidias de um tempo incerto, marcaram os rastros de um passado lacrado no cofre dos juramentos eternos. E assim, a cada inverno, junto ao vento gelado, nas madrugadas frias, chega a lembrança de um amor secreto.

quinta-feira, 13 de março de 2014

...

Autor: Walter Sá

Nada mais que um momento
Apenas um fragmento de tempo
Para ter seu olhar estar em seu pensamento

Nada mais que o espaço e a distância
Só o passado colado nas costas da
Lembrança


Eu em silêncio aguardo um dia a voz da
Esperança me dizer que o amor
Que trago em mim não morreu só descansa

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Palavras engasgadas



 Autor:
Walter Sá
Sem asas, eu sou vento,
Sem nave, eu invento
Um lugar no espaço e no tempo.
Sem saudade,
No futuro da nova
Vertigem, velha miragem
De alguém nú, deserto sem paisagem,
Caminhos sem esperanças de chegada,
Lembranças sem alianças de palavras
Distantes, caladas na garganta, balas 
Engasgadas.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Era um troço...

Autor: Walter Sá



Era um troço que me revirava do avesso
Deixava esmorecido o corpo
Aliviava a alma do peso
Agora entendo porque tanto apego
Sem forças para um recomeço
Sem reconhecer  as  entranhas
Aprendendo novas manhas
Ainda com medo de outro arremesso
Do corpo ao nada desconhecido
Início de um novo caminho ao precipício
Abismo revivido do amor ao gozo
Do choro vertido em lágrimas
De dores (dis)sabores e risos
Foi assim desde o começo
Um laço uma armadilha, um preço
Paguei prendas, fiz oferendas e no fim 
Sozinho renascendo em versos linhas
Tecendo sentimentos que por força
Esqueço

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Antes fosse só tinta



 Autor: Walter Sá
 
Antes fosse só tinta, papel  e rima,
Mas não, é dor, que rasga e fere, às vezes, queima como
Brasa em pele fina  ou desatina como raio de luz na retina que
Cega e desorienta, deixa sem rastros, pistas ou migalhas, pela estrada,
Apaga o mapa da mina.
Há dias que nem sol, flores e primavera,
Nem elixir, porção mágica ou sala de espera
Cessam a angústia traduzida nessa falta explícita
Da tua matéria.
Ausência permanente, fim do fim se acelera em morte
Lenta para que possas enfim, ver a cor pálida da minha alma
Etérea.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Uns tempos, outros ventos (ao meu amigo Jhon Helder)



 Autor: Walter Sá

Uns tempos, outros ventos que sopram horas, espalham sentimentos.
Não pare, sinta a brisa e siga, veja, por um momento, tudo muda e vira movimento.
Os passos, dentro desse compasso, passam rápidos e lentamente, deixam
Marcadas, pegadas de pisadas fortes, no solo vermelho sangue, onde você teve leito
E acolhimento.
Passou o passado do futuro, no presente te darei minha ausência ou minha falsa presença, assim, poderás conviver com o silêncio da minha fala, na vala vazia da tua existência.