sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Quando troco pombos por tucanos

Autor: Walter Sá

Às vezes, perco o rumo nas retas do asfalto
Bicho preso, sem grades, no quarto
Da selva de concreto armado

Quando troco pombos por tucanos,
Caio no Serrado e de lá não saio,
Viro bicho do mato, sigo o instinto nato
De ser natureza, de fato!

Rio, cheiro de verde, cachoeira,
Silêncio de noite, barulho de corredeira
Quero tudo
A flor do mandacaru, a bananeira,
Lobo Guará e roseira

Teu cheiro natural de corpo, de montanha e vale
Te quero por inteira
Chapado de ti, fazer besteiras
Chapada em mim, de qualquer maneira.

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