Autor: Walter Sá
Às vezes, perco o rumo nas retas do asfalto
Bicho preso, sem grades, no quarto
Da selva de concreto armado
Quando troco pombos por tucanos,
Caio no Serrado e de lá não saio,
Viro bicho do mato, sigo o instinto nato
De ser natureza, de fato!
Rio, cheiro de verde, cachoeira,
Silêncio de noite, barulho de corredeira
Quero tudo
A flor do mandacaru, a bananeira,
Lobo Guará e roseira
Teu cheiro natural de corpo, de montanha e vale
Te quero por inteira
Chapado de ti, fazer besteiras
Chapada em mim, de qualquer maneira.
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