segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Vazio

Autor: Walter Sá

Vazio, vago, indo a lugar nenhum.
A encruzilhada, na estrada, só há setas, que apontam para
O nada.

Sem rota de partida ou de chegada, sigo em círculos, tentando
Morder a cauda do passado.
Faço planos de fuga para o futuro, mas dão de cara com o muro
Que ergui, sem ver, com tijolos do descaso.

Tento soltar o grito, libertar o salto, lançar-me ao acaso,
Mas a voz é rouca, a corda é curta, a força é pouca.
Entorpecido pelo tédio, invoco o ócio dos dias fatídicos e permaneço
Nessa esfera sem fim, nem começo.

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