Autor: Walter Sá
O amor que me sobra é o mesmo que te incomoda.
Virou resto na tua fala e, sem dobras na língua,
Disparastes o verbo esquecer, me deixando à míngua.
Sem poder dizer que te amo, engulo a seco, minha verborragia.
Palavra por palavra, uma a cada dia,
Gosto amargo, fruto da saudade do
Coração, que antes ardia, sem se importar com a distância,
Que entre nós havia.
Desejo que a vida, embora tardia, não seja vingativa,
Que não peças aos Céus, alguém que te veja, sem essa
Máscara fria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário