Autor: Walter Sá
Tenho afasia branca
Das horas vazias
Travada na idéia abstrata
De um circunlóquio eloqüente
Tenho olhos acesos,
Vibrando de anseios,
Que aceleram o peito,
Que secam a boca com sede de
Gente
Deixem-me, antes
Que eu tenha as unhas pregadas
No teto da abstinência
Da tua coisa, do teu afeto
Sou como bicho preso
Em grades de ar ou concreto,
Andarilho louco de um caminho
Sem rumo, nas linhas, que vão do
Nariz ao verbo
Nenhum comentário:
Postar um comentário