Autor: Walter Sá
O asfalto também racha
Como o chão lá do sertão
Minhas desgraças não são pequenas
Como não são poucas as dos meus irmãos
Não há Estado, nem Igreja que sossegue o
Cidadão
Que morre todo dia atrás das migalhas do
Seu pão
Que mata a qualquer preço para garantir o
Seu quinhão
Você aí parado, sentado em trono dourado
Um dia pagará caro pela sua usura, seu ladrão
Uma fera vai surgir com garras de indignação
Se prepara porque você vai levar vara
Do povo da nação
Seu julgamento vai ser rápido e também a execução
Na cadeia ou no piche derretido
Você vai pagar caro meu irmão
Aqui, publico textos que escrevo. Contos, Músicas, poemas, crônicas, bilhetes, cartas, enfim, coisas para se ler. Não posto todos os dias e nem tenho essa obrigação. Aceito opniões, porque esse espaço também é um lugar para eu exercitar a escrita e a criatividade, portanto, aceito também sugestões. Por favor, leiam e se possível, divirtam-se!
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Revira e volta
Autor: Walter Sá
Gritei com a potência de mil megafones o teu nome
Clamei a sua atenção e perturbei o teu sono
Pedi seu amor e cego de dor
Busquei teu corpo com voraz fome
Deixado ao cruel desencanto
Fiquei como cacos espalhados num canto
De um lugar que já foi
Nosso recanto
Esperei pacientemente por teu espanto
Quando me viu sorrir e te olhar
Sem derramar nenhum pranto
Agora sou dono do riso e do sonho
Livrei-me do peso nos ombros
Das dores do teu abandono
Gritei com a potência de mil megafones o teu nome
Clamei a sua atenção e perturbei o teu sono
Pedi seu amor e cego de dor
Busquei teu corpo com voraz fome
Deixado ao cruel desencanto
Fiquei como cacos espalhados num canto
De um lugar que já foi
Nosso recanto
Esperei pacientemente por teu espanto
Quando me viu sorrir e te olhar
Sem derramar nenhum pranto
Agora sou dono do riso e do sonho
Livrei-me do peso nos ombros
Das dores do teu abandono
terça-feira, 18 de outubro de 2011
ELA
Autor: Walter Sá
Ela, das festas, era a mais
Bela
E como se a noite fosse
Dela,
Disputava com a Lua a atenção da
Platéia
Das ruas boêmias, dos bares, de calçadas
Plenas
De gente procurando por
Ela,
De peixe grande a miúdo,
De patente a indigente,
Todos se rendiam aos pés dela,
Só não sabiam eles, das dores da
Donzela,
Que no fim da noite, retornava ao leito
De travesseiros mudos a conversar com
Ela
Ela, das festas, era a mais
Bela
E como se a noite fosse
Dela,
Disputava com a Lua a atenção da
Platéia
Das ruas boêmias, dos bares, de calçadas
Plenas
De gente procurando por
Ela,
De peixe grande a miúdo,
De patente a indigente,
Todos se rendiam aos pés dela,
Só não sabiam eles, das dores da
Donzela,
Que no fim da noite, retornava ao leito
De travesseiros mudos a conversar com
Ela
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Perdendo a rota
Autor: Walter Sá
É simples como arroz e feijão
O gosto do teu amor
Todo dia no prato esse sabor
Eu faço questão
Meu irmão, desse regalo eu largo
Não
É demais ter você nos meus braços
Ao som dos teus uis e ais
Nós dois pra frente e pra trás
Deixando certos sinais nas
Paredes e no chão
Eu vou perder a rota
Vou escrever nosso amor
Em versos por linhas tortas
Mas desse pedaço de mal caminho
Eu não saio não
É simples como arroz e feijão
O gosto do teu amor
Todo dia no prato esse sabor
Eu faço questão
Meu irmão, desse regalo eu largo
Não
É demais ter você nos meus braços
Ao som dos teus uis e ais
Nós dois pra frente e pra trás
Deixando certos sinais nas
Paredes e no chão
Eu vou perder a rota
Vou escrever nosso amor
Em versos por linhas tortas
Mas desse pedaço de mal caminho
Eu não saio não
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Sai pra lá, meu irmão!
Autor: Walter Sá
Sai pra lá meu irmão
Segue teu caminho
Se vira nos trinta sozinho
Vê se arranja l’argent
Para comprar o seu pão
Vai lá, meu irmão
Se ajeite do jeito que der
Agora não tem mais colher
De sopa não tem cafuné
Vai lá
A vida te espera aflita
Alguém vai te dar a marmita
Do amor que você me negou
Por teu amor me rendi
Por muito tempo pedi
Um pedaço do teu coração
Agora nem vela nem choro
Se amas ou pedes socorro
Nas pistas ou nos bares do morro
Isso já não me importa
Atrás de te já não corro
Agora eu sossego de novo
E abro sorrindo
Outra porta
Sai pra lá meu irmão
Segue teu caminho
Se vira nos trinta sozinho
Vê se arranja l’argent
Para comprar o seu pão
Vai lá, meu irmão
Se ajeite do jeito que der
Agora não tem mais colher
De sopa não tem cafuné
Vai lá
A vida te espera aflita
Alguém vai te dar a marmita
Do amor que você me negou
Por teu amor me rendi
Por muito tempo pedi
Um pedaço do teu coração
Agora nem vela nem choro
Se amas ou pedes socorro
Nas pistas ou nos bares do morro
Isso já não me importa
Atrás de te já não corro
Agora eu sossego de novo
E abro sorrindo
Outra porta
terça-feira, 11 de outubro de 2011
É no fim do dia...
Autor: Walter Sá
É no fim do dia, que a sombra açoita a luz,
Evocando fantasmas de sentimentos
Antigos.
Nessa hora, a escuridão inunda a casa vazia,
Na qual morou nosso amor,
Um dia.
Espanto o pássaro preto,
Espalho a poeira do tempo
Sobre os escombros de um coração
Partido
Pedaços fossilizados
Registram o passado trágico
Do templo do amor traído
Revelam fases difíceis,
De quando Eros foi ferido,
Na época da perda do sono,
Da ilusão e do choro incontido.
É no fim do dia, que a sombra açoita a luz,
Evocando fantasmas de sentimentos
Antigos.
Nessa hora, a escuridão inunda a casa vazia,
Na qual morou nosso amor,
Um dia.
Espanto o pássaro preto,
Espalho a poeira do tempo
Sobre os escombros de um coração
Partido
Pedaços fossilizados
Registram o passado trágico
Do templo do amor traído
Revelam fases difíceis,
De quando Eros foi ferido,
Na época da perda do sono,
Da ilusão e do choro incontido.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Amando calado
Autor: Walter Sá
Sob o véu escuro da noite fria
Espreitava tua moradia
Antes do amanhecer partia
Sem rastros da minha ousadia
Assim a penitência se repetia
Após as noites vieram os dias
Ensaiava versos e como os diria
Para te encantar com minha alegria
Foram anos desejando um bom dia
Que fosse simples sorriso na face
Beijo estalado com café amargo
Eu por mim condenado o tempo passou
Amando calado enquanto te via
Do outro lado da rua com seu novo amado
Sob o véu escuro da noite fria
Espreitava tua moradia
Antes do amanhecer partia
Sem rastros da minha ousadia
Assim a penitência se repetia
Após as noites vieram os dias
Ensaiava versos e como os diria
Para te encantar com minha alegria
Foram anos desejando um bom dia
Que fosse simples sorriso na face
Beijo estalado com café amargo
Eu por mim condenado o tempo passou
Amando calado enquanto te via
Do outro lado da rua com seu novo amado
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