Autor: Walter Sá
O asfalto também racha
Como o chão lá do sertão
Minhas desgraças não são pequenas
Como não são poucas as dos meus irmãos
Não há Estado, nem Igreja que sossegue o
Cidadão
Que morre todo dia atrás das migalhas do
Seu pão
Que mata a qualquer preço para garantir o
Seu quinhão
Você aí parado, sentado em trono dourado
Um dia pagará caro pela sua usura, seu ladrão
Uma fera vai surgir com garras de indignação
Se prepara porque você vai levar vara
Do povo da nação
Seu julgamento vai ser rápido e também a execução
Na cadeia ou no piche derretido
Você vai pagar caro meu irmão
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