quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vou te dar a decisão

Autor: Walter Sá

Cansei de esperar pelo anel que você prometeu
O tempo passou entre risos choros e beijos
Nossa liberdade vôou mas o altar não veio

Agora cansei desse jogo quero brincar lá fora
Quero ver onde nasce outra flor, onde mora outro amor
Apaguei o mapa traçado
Durante os anos passados e te levei ao x da questão

No ringue da desilusão
Meu desprezo te socou no saco
E você percebeu
Que chegou a hora vou te dar a decisão se
É fim ou recomeço de uma
Nova história de amor de verdade
E tesão

Não vou mais esperar
Você vencer esse medo vazio
E tomar as rédeas da situação
Não quero um caso de amor indeciso
Nem mal sucedido
Quero ser rainha e ter reino
No seu coração

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11:11

Autor: Walter Sá

Religiosos e cientistas
Beatas, bruxas e profetas,
Os especialistas disseram

Onze do onze algo do
Além mudará
Mas preste atenção
Faça meditação,
Ore nos seus rituais,
Implore aos Orixás

Pelo fim da ignorância
Pelo acerto na militância
Por um mundo melhor
Onde não haja guerras
Na infância
Que todos possam comer, beber
Gozar e morrer com dignidade
No campo ou na cidade.

Que os homens se preparem
Pois o Mundo dá voltas
E nessa gira a gente não
Dita
Pois a Natureza é boa e também sabe ser
Maldita
Já temos histórias recentes e de outrora
Catástrofes contadas em estrofes por poetas
De ontem e de agora.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Do Nariz ao Verbo

Autor: Walter Sá

Tenho afasia branca
Das horas vazias
Travada na idéia abstrata
De um circunlóquio eloqüente

Tenho olhos acesos,
Vibrando de anseios,
Que aceleram o peito,
Que secam a boca com sede de
Gente

Deixem-me, antes
Que eu tenha as unhas pregadas
No teto da abstinência
Da tua coisa, do teu afeto

Sou como bicho preso
Em grades de ar ou concreto,
Andarilho louco de um caminho
Sem rumo, nas linhas, que vão do
Nariz ao verbo

Para entender seu olhar

Autor: Walter Sá

Para entender seu olhar
Eu quis ver a cor dos
Olhos de Deus

Imaginei mil cores
Mas nenhuma da
Cor dos teus

Busquei nas flores
Nas plumas dos pássaros
No azul dos mares
Nos mil tons de verdes
Mas não encontrei

Nem cor nem aquilo
Que sempre procurei

Olhar os teus olhos
Sorrindo dentro dos meus

E ver o brilho da luz
Dessa alegria
Refletido nos teus

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sans rachat

Auteur: Walter Sá

Je ne veux pas te voir passer avec ta
Nouvelle affaire
Je ne veux pas voir dans tes yeux
Ce n’est pas necéssaire

Je sais déjà sufisant sur toi
Le passé, ce temps m’a déjá raconté
Que ton coeur est glacé et qu’il va frondre
Quand un autre amour
Dans ta vie arriver

Ça sera comme un manège de chagrins dans la tête
Parce que cet amour tu ne l'auras pas vraiment
Tu vas tomber et tu seras comme une poupée
Dans les mains de ta propre volonté

Sans persone pour te chercher et sans l’amour à
te donner
Tu vas rester dans le fond du trou sans cordes pour te
Racheter

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

No fim do caminho

Autor: Walter Sá

Não te vejo mais por aí...
Perdi seu endereço
Procurei você nos bares
Pelos becos da cidade

Em caminhos estranhos
Por vias escuras eu segui
Dei nó nas entranhas
Perdi a lucidez e não te vi

Corri em todos os trilhos
Em vagões vazios
Fui e voltei sem direção
Atrás do teu coração
À noite e sob Sol a pino

No fim do caminho
Encontrei-me sozinho e
Quando cheguei percebi
Que você era a ilusão de um tempo
Vivido de um amor às vezes
Esquecido

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O lago do desejo adormecido

Autor: Walter Sá

No fim da trilha iluminada, havia água, era limpa e transparente como um espelho, sob a lua clara. A superfície mostrava a imagem de uma menina, que dormia no fundo do lago, encantada. A miragem, do espelho, ali, naquele momento, com a realidade se encontrava. O desejo permanecia no sono, na solidão e silêncio de quem de fora a enxergava. Brincava fascinado com a miragem o menino à beira d’água. Foi assim a noite inteira, a dança entre ele e a bela do espelho, no fim da trilha iluminada. Agora eufórico e embriagado de alegria não via, que era dele, a própria imagem, que olhava. Somente no fim da noite, de sede atordoado, deparou-se desvelado, tentando saciar-se com a água. Afogou-se ao sorver a miragem, da bela desacordada. No fundo do lago iluminado ficou o menino, que queria ser menina fora d’água.