Autor: Walter Sá
Forte era o gigante, que controlava
O mostro silencioso do ciúme, que há muito tempo
Morava aprisionado, em mim.
Armas poderosas, açoites da tua indiferença
E o tempo, o algoz invisível, incapazes de acordá-lo,
Só traziam à memória, lembranças da vida que
Dediquei a ti
Mas, em fúria plena de dor,
Ao te ver passar com seu novo
Amor,
O monstro se libertou.
Agora, nem gigante,
Nem raio paralisante
Conterão a ira e o desprezo,
Que dispensarei a ti
Mil mortes a sangue frio
Outras mil tramadas fio a fio,
De navalhada ao cadafalso,
Teu amor será banido.
Sem paz e sem retiro
Lembrarás do mal cometido,
A quem só te deu amor e abrigo.
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