quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sem rumo

Auror: Walter Sá

Sem esquecer teu riso de descaso,
Sem perder a coragem,
Lembro de Teseu, do fio de Ariadne
E revisito os labirintos da floresta
Escura, que tenho escondida no fundo
Da alma

Neles revejo os escombros,
Que ficaram após as batalhas travadas
Contra o silêncio e a distância, que me
Impuseste, sem fala.

E na guerra de acertos e erros, examino
Os detalhes e desfaço o novelo,
Que esqueci de tecer, com as dores, que senti
Por teu desprezo.

Esse cenário sombrio me lembra o esforço,
Que fiz para sair da lama fria e do poço
Fundo, que me deixastes,
Quando fostes buscar, outros corpos
Quando sem tua presença, fiquei
Sem rumo.

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